Comemorar a vitória , Lutar pela paz



Comemorar a vitória, lutar pela paz


As comemorações do aniversário do fim da Segunda Grande Guerra Mundial têm sido o pretexto para a grande burguesia, através dos seus agentes de desinformação de massas, lançar vigorosas investidas ideológicas visando promover o capitalismo e denegrir o socialismo e o comunismo como o futuro da humanidade.

Parte dessa ofensiva são as violentas campanhas de revisão da história que, deturpando, omitindo ou branqueando os factos, têm como objectivo ocultar a natureza de classe das ditaduras nazi-fascistas, ignorar os seus crimes e a cumplicidade das potências imperialistas; varrer da memória dos povos a acção determinante da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na vitória sobre o nazi-fascismo e na ulterior construção de um mundo mais pacífico, próspero e justo; abafar o papel do proletariado organizado, dos comunistas, dos resistentes antifascistas e dos democratas de várias nações no combate à expressão mais violenta e brutal do capitalismo.


Procurando rescrever a verdade sobre os acontecimentos, o imperialismo difunde uma concepção superficial e acrítica da história e do mundo, cujo objectivo é convencer as massas da inevitabilidade do aumento da exploração e da perda de direitos, liberdades e garantias duramente conquistados pela luta, e impor novas guerras de rapina convencendo os povos da ausência de um projecto de superação do sistema de dominação de classe.No actual contexto de crise do capitalismo - da qual o imperialismo pode aspirar sair através de uma nova escalada belicista de consequências imprevisíveis -, é urgente esclarecer e mobilizar os trabalhadores e as massas progressistas para o combate pela verdade, contribuindo, assim, para a formação de uma ampla consciência sobre os perigos que o actual sistema comporta e para a difusão das lições históricas que evitem a repetição dos acontecimentos. A dinamização de amplas lutas pela paz, contra o militarismo e a guerra, e pela exigência da dissolução do mais perigoso bloco político-militar contemporâneo, a NATO, é uma das tarefas actuais.


A derrota do nazi-fascismo alemão, há 65 anos, foi uma derrota do imperialismo no seu conjunto. Foi, simultaneamente, uma vitória de todas as forças populares, progressistas, democráticas e revolucionárias à escala mundial. Essa é uma conclusão que a vida e a situação mundial têm vindo a confirmar, num contexto ainda marcado pelo refluxo das forças progressistas e por retrocessos civilizacionais, mas, paralelamente, prenhe de potencialidades de resistência e de afirmação de alternativas anti-imperialistas e, até, anticapitalistas.


Fontes consultadas e citações:


V.I. Lénine, O imperialismo, fase superior do capitalismo, Editorial «Avante!», Lisboa, 2000


Álvaro Cunhal, Obras Escolhidas, Tomo I (1935-1947), Editorial «Avante!», Lisboa, 2007


Kurt Gossweiler, Hitler - Ascensão Irresistível?, Editorial «Avante!», Lisboa, 2009


Vassíli Riabov, O grande feito do povo soviético e do seu exército, Edições Progresso, Moscovo, 1983


Mário Sousa, Mentiras sobre a história da União Soviética – De Hitler e Hearst a Conquest e Solzjenitsyn, 1998, disponível em www.hist-socialismo.netDossier do PCP para a comemoração do 40.º Aniversário do fim da II Guerra Mundial


Exposição do PCP para a comemoração dos 65 anos da vitória sobre o nazi-fascismo



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