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Mostrando postagens de novembro, 2013

EUA: Guerra económica contra os pobres

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Guerra económica contra os pobres por António Santos   "Os EUA são o país do mundo que gasta mais dinheiro em armamento e guerras. Nem os gastos de defesa combinados de todos os países do mundo alcançam as fortunas que os EUA dedicam ao armamento. Com Obama, 57% do orçamento federal é dedicado ao exército e outros corpos militares. A educação, por seu turno, corresponde a 6% e a saúde a 5%. Os verdadeiros problemas de segurança dos EUA, a fome e a miséria do seu povo, são considerados irrelevantes quando comparados às urgências políticas do império. Como é que 50 milhões de trabalhadores vão sobreviver sem este subsídio, não é uma emergência." O Governo dos EUA cortou no passado dia 1 de Novembro o valor da ajuda alimentar a 47 milhões de pessoas. A nova medida de austeridade, inserida no quadro da prescrição do programa de estímulo federal de 2009, traduz-se num corte de mais de 30 dólares por mês para a maioria das famílias carenciadas, o que se reveste de

À sombra da geopolítica dos EUA, ou Como sempre, é a “Grande Israel”

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À sombra da geopolítica dos EUA, ou Como sempre, é a “Grande Israel”   Fonte: redecastorphoto Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu     "Desde o início da “Primavera Árabe”, os EUA vêm se movimentando na direção de uma reestruturação geopolítica da região, a qual, é claro, também levantou a discussão sobre o destino de Israel. Desde então, a questão permanece na agenda. E não importa a forma que assuma, o tom não muda: Israel é invariavelmente apresentada como a vítima. Assim, na primavera de 2011, no auge da guerra contra a Líbia, quando a Autoridade Palestina levantou a questão de tornar-se membro da ONU, a imprensa-empresa ocidental rapidamente pôs-se a denunciar a traição, por Washington, que estaria “entregando” o Estado Judeu aos islamistas. Hoje, quando o absurdo dessa ideia já é óbvio para todos, a ênfase passou para a ameaça mortal que o Irã representaria para Israel, ênfase que, pelo que se vê, cresce alinhada à deterioração da situação na Síria. Nesse process

“The act of Killing”, um extraordinário documento

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“The act of Killing”, um extraordinário documento por Os Editores de O Diário Info     Um realizador norte-americano empreendeu a tarefa de documentar a chacina anti-comunista levada a cabo na Indonésia em 1965. O monstruoso massacre de um milhão de homens e mulheres, encorajado e saudado pelo imperialismo, surge reencenado por um dos seus principais perpetradores, pessoalmente responsável por mais de mil mortes. O filme foi estreado em Espanha a 30 de Agosto.     Um realizador de cinema pede a um assassino que recrie, em filme, as torturas e crimes que cometeu na vida real. Este, encantado com a oferta, dispõe-se a isso com entusiasmo e diligência. O resultado da experiência é uma alucinação cinematográfica que adquire proporções épicas quando se descobre que o criminoso é um dos líderes mais sanguinários dos esquadrões da morte na Indonésia, bandos de carniceiros que, em 1965, acabaram com a vida de um milhão de pessoas em menos de um ano. The Act of Killing, de

Líbia: de Kadhafi à Al-Qaëda. Com agradecimentos à CIA...

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Líbia: de Kadhafi à Al-Qaëda. Com agradecimentos à CIA... por Marc Vandepitte "A queda de Kadhafi tornou-se possível através de uma aliança entre as forças especiais francesas, britânicas, jordanas e qataris, de um lado, e dos grupos rebeldes líbios, de outro. O mais importante deles era precisamente o Libyan Islamic Fighting Group (LIFG), que figurava na lista das organizações terroristas proibidas. [...] A sua milícia teve direito a treinos americanos, mesmo antes de ter começado a rebelião na Líbia.   Estão os Estados Unidos verdadeiramente em guerra contra o terrorismo em África, ou fomentam-no para servir os seus interesses? Estado falhado Em 11 de outubro, o Primeiro-ministro líbio foi brutalmente derrubado antes de ser libertado algumas horas mais tarde. Este rapto é sintomático da situação no país. Em 12 de outubro, um automóvel armadilhado explodiu perto das embaixadas da Suécia e da Finlândia. Uma semana antes, a embaixada da Rússia foi evacuada, depois de t

Terror e militarismo na estratégia dos EUA para enfrentar a crise

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Terror e militarismo na estratégia dos EUA para enfrentar a crise por Luís Carapinha     "A essência exploradora e as práticas criminosas do capitalismo contrastaram em permanência com a imagem virtuosa da democracia representativa burguesa, arvorada em farol da liberdade e pináculo dos direitos do homem, cultivada pelos meios de legitimação da ordem capitalista." "O rastro de destruição e instabilidade deixado pelas guerras no Afeganistão (cuja ocupação militar prossegue), Iraque e Líbia deixa a descoberto a estratégia terrorista impulsionada pelos EUA. Na Síria os grupos financiados, armados e treinados pelos Estados Unidos e o séquito de potências e países cúmplices (cada qual munido da sua pequena agenda própria) travam uma guerra de procuração que tem – no plano estratégico – os olhos colocados no Irão, Rússia e China. Não é segredo que a doutrina militar dos EUA identifica nos três países diferentes níveis de ameaça à manutenção da sua hegemonia. Daí

Brasil : “Hoje eu vejo que bandido é o Estado”

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“Hoje eu vejo que bandido é o Estado”     "A polícia, é muito triste de dizer, não sei se tem alguém aí que faz pesquisa em psicologia, a fração de sádicos na sociedade, eu ouvi uma vez dizer que tinha 1%. Se pesquisar na polícia, eu garanto que vai encontrar um número bem maior. Não sei se eles são incentivados, ou há uma pré-seleção. Mas o sadismo ficou claro: eles têm um prazer enorme em ver você sofrer, e te diminuir."   Gustavo Dopcke , preso no dia 15, no Rio de Janeiro, na manifestação em apoio a greve dos educadores, conta como foi a experiência do cárcere.   Resolvi transcrever parte do depoimento do manifestante preso em 15 de outubro de 2013, no Rio, por causa da força desse relato e da palavra escrita. E para que não pairem dúvidas sobre o fim do Estado Democrático de Direito no Rio de Janeiro, apoiado pelo governo federal. Ninguém precisa ter bola de cristal para saber quais serão as consequências desse Estado policial. Não coube num post comu

Assassinos grandes e pequenos

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Assassinos grandes e pequenos por Filipe Diniz     Dados da ONU apontam para que só nesse ano( 2011) houvesse 3021 civis mortos e 4507 feridos no Afeganistão. Na tropa da ocupação imperialista, em tantos casos desesperada perante uma situação militar incontrolável, de vez em quando há um militar de baixa patente que vai a tribunal e é condenado. Um, o U.S. Sgt. Robert Bales, que matou 16 civis e feriu outros 6, foi condenado a prisão perpétua. Sendo os EUA o que são, as famílias destas vítimas receberam $50 000 por cada parente falecido, e os feridos sobreviventes receberam $11 000. Parece que estes valores foram inflacionados pelo impacto do crime – mediatizado como o «massacre de Kandahar» – porque, por exemplo, uma rapariga que ficou com um braço gravemente ferido noutra ocasião apenas teve direito a $392.16. Em qualquer caso as famílias assim contempladas foram informadas que se tratava de «assistência proporcionada pelo presidente Obama», o assassino em série que mata

Como se fabrica uma «alternância»...

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Como se fabrica uma «alternância»... por Agostinho Lopes     A alternância é uma estratégia, estratagema político bem conhecido dos povos, bem sintetizado na expressão « mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma »! Nos sistemas políticos democráticos (nas democracias burguesas) é a forma de assegurar a manutenção da mesma política, nas suas opções estratégicas, eixos estruturantes e medidas, ou seja, o serviço dos mesmos interesses de classe, através da mudança de composição dos titulares do governo, via substituição do partido (ou coligação) que assume o governo e que, anteriormente, era oposição. Tem sido assim em Portugal nestes quase 40 anos de regime democrático conquistado pela Revolução de Abril. A alternância tem um objectivo central: negar a alternativa, isto é, que haja uma efectiva alteração de política(s)! E a negação da alternativa exige a «fabricação» da «alternância»! Um processo que se inicia logo que um novo governo toma posse, ou mesmo antes, pelo men